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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

pai aos 13 e a mãe aos 15 anos

adolecentes mães ainda meninas de trigemeos

gestação de uma menina

domingo, 19 de dezembro de 2010

5 coisas que você deve monitorar quando seu filho está online

Elaboramos uma lista do que ficar de olho quando as crianças estão na internet.

As férias do meio do ano já passaram, mas os pais não podem baixar a guarda em relação aos filhos na internet. Segundo pesquisa do Norton Online Living Report, cerca de 96% das crianças jogam online, sejam games complexos ou apenas aqueles mais simples em Flash.

Para não deixar a guarda baixa, elaboramos 5 alertas para os pais não descuidarem da segurança dos filhos. Aqui vão elas:

1. A princesa pode ser uma bruxa e o príncipe pode ser o vilão

Os pais devem explicar aos filhos que nem tudo é o que parece nos jogos online – quem controla o “amigo virtual” em uma batalha contra um dragão terrível pode querer fazer mal a ele ou a família na vida real. Assim, filhos devem ser orientados para nunca fornecer dados pessoais ou visitarem páginas sugeridas por jogadores que não conheçam pessoalmente.

2. Tenha uma partida “menos pública”

Boa parte dos jogos online possibilita determinar o número de participantes, exigir que digitem uma senha para entrar no mesmo jogo que a criança ou permitem convidar um internauta específico para jogar. Estes recursos permitem um melhor controle sobre quem participa.

3. Conheça o game e como jogadores interagem

Jogos tem diversas formas para promover interação – texto, voz e até fotos. É vital que o pai entenda como o jogo que o filho gosta funciona. É bom preparar-se para surpresas ruins: é possível que alguns jogadores sejam bem “boca-suja”. Contudo, normalmente há recursos para “calar” participantes.

4. Leve o micro para a sala

Esteja atento e sempre que possível próximo ao filho enquanto ele estiver utilizando o computador para jogos ou apenas navegando na internet. Qualquer atividade ou informação que considerar suspeita converse com ele e explique o que é certo e errado e indique o que pode ou não ser compartilhado pela internet. A conversa ainda é a melhor ferramenta de proteção na rede.

5. Ferramenta de segurança

No caso de computadores, tenha uma solução de segurança original, instalada e ativa. Oriente os filhos a nunca desligarem as ferramentas de segurança, tais como antivírus e antiphishing, mesmo enquanto estiverem jogando. Com frequência, jovem desligam as soluções de segurança para melhorar o desempenho do game, tornando o computador mais suscetível a pragas virtuais.

Por Manoel Ricardir

Adaptação Airton Silva

teste como conheçer a linguagem dos adolescentes

Vc entend seu filhu?

Não entendeu o título acima? Prepare-se para conhecer a língua dos jovens


AnaMaria

21/06/2010 17:23

Texto
Lívia Lopes

Foto: Getty Images
Foto:adolescentes no computador

As gírias dos adolescentes estão muito relacionadas à internet

As gírias estão nas conversas de crianças e adolescentes há muito tempo, cada década tem a sua. Atualmente, esse linguajar está mais relacionado ao mundo da internet e é na rede que o vocabulário dos jovens de hoje é ainda mais difundido. A revista Ana Maria preparou um teste para você checar se conhece as gírias mais usadas por seu filho. Confira!

1. Quando visita o Orkut do seu filho, você:

a) Espia os recados para saber quem são os amigos dele.

b) Olha a página inicial, mas não sabe pesquisar nada.

c) Orkut? Não faço ideia de como entrar nisso.


2. "Minha BFF é BV pq os gerentes dela ñ deixam ela ir pra selva." O que isso quer dizer?


a) Boiei! O jeito é pedir uma tradução simultânea. (A "tradução" está de cabeça para baixo, no final da página.)

b) Nada, e mesmo assim respondo: "Que legal!".

c) Onde foi que eu errei?


3. Seu filho quer privacidade para usar o computador. Você:


a) Respeita, mas diz que quer saber com quem ele fala.

b) Se reveza com seu marido na escuta atrás da porta.

c) Avisa que ele terá privacidade quando for adulto.


4. Sua filha vive no MSN. Como lidar com isso?


a) Uso a ferramenta para falar com ela quando estamos longe uma da outra.

b) Criei uma conta no MSN, mas nunca lembro a senha.

c) Não tenho mais idade para essas coisas!


5. As mensagens enigmáticas que seus filhos te enviam por torpedo são:


a) Um jogo de adivinhação.

b) Ignoradas: não entendo nada!

c) Motivo de briga.


Se você respondeu mais a letra...

A. Acompanhante

Você se esforça para entender seu filho e não deixa nada afastá-lo de você. Só preste atenção para não confundir as coisas. Você é a mãe e, por mais antenada que seja, não pode perder de vista a responsabilidade de cuidar dele.


B. Visitante


A porta de entrada para o mundo dos adolescentes está sempre trancada? Não desanime! Peça a eles que te ensinem a usar a internet. E não se espante se for chamada de careta por não saber o que é BV. As gírias mudam, tá ligada?


C. Invasora

Se você não compreende por que seu filho usa mensagens em código para falar com os amigos, que tal se lembrar de sua própria adolescência? Visitar os sites que ele usa para se comunicar é uma boa maneira de conhecê-lo melhor.


*Tradução "Minha melhor amiga nunca beijou porque os pais dela não deixam ela ir nas festas onde todo mundo se pega"

Para ler, clique nos itens abaixo:
Dicionário de adolescentês

sábado, 18 de dezembro de 2010

no começo é assim

drogas em meio a sociedade

os 2 lados da moeda parte 1

os 2 lados da moeda parte 2

os 2 lados da moeda parte 3

pais ausentes filhos rebeldes parte 1

pais ausentes filhos rebeldes parte 2

pais ausentes filhos rebeldes parte 3

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eu quero falar de sexo

bxpiu88upng

Se você acha que já resolveu todos os seus problemas sexuais, espere até ouvir a primeira pergunta do seu filho sobre o assunto. Ela geralmente chega a seco, sem nenhuma preliminar. E, se a criança passou na frente da televisão na hora da novela das oito, em que as cenas de sexo ficaram famosas desde o início, você já deve ter enfrentado alguma saia-justa. A sociedade atual oferece estímulos para gerar curiosidade sobre tudo, incluindo sexo. “Criamos nossos filhos para terem autonomia, voz própria. Eles são espontâneos porque têm espaço para perguntar”, diz a educadora sexual Maria Helena Vilela. Cada um tem sua forma de lidar com o tema, uns mais naturalmente, outros mais tolhidos. Não importa qual a sua, mas fale sempre a verdade, colocando o ponto final na frase conforme a capacidade de entendimento do seu filho. A seguir, você encontrará respostas para perguntas e situações típicas da infância. É a nossa ajuda para os pais sobreviverem ao desenvolvimento sexual dos filhos.

1- Minha filha nos pegou namorando. Estávamos só nos beijando e ela gritou: “Credo, vocês não têm nojo?”
É hora de explicar a ela que o ato parece esquisito à primeira vista, mas é uma das melhores coisas da vida. E que, se for quem a gente gosta, nunca será nojento, e sim muito gostoso. Lembre-se de que ela pode ter pensado em nojo, mas também pode ter apenas sentido ciúme de os pais estarem juntos sem ela.

2- Meu filho gosta de mexer no pênis. Faz isso em qualquer lugar, desde que sinta vontade. Como dizer a ele que não dá para fazer isso na frente dos outros?
Ok, a situação é constrangedora, principalmente quando acontece na frente de pessoas não tão íntimas. Fazer alarde só incentivará o ato. Respire fundo e explique que, sim, as pessoas gostam de se tocar nessa parte do corpo porque dá uma sensação gostosa. Mas que se trata de algo muito particular e existe local certo para fazer isso, sozinho, e não na frente dos outros.

3- De namorado, igual na novela. É assim que meu filho quer que sejam os meus beijos!
Nã, nã, ni, nã, não. Seja direta desde sempre: esse tipo de beijo só no papai. Diga que um dia ele terá uma namorada e vai beijá-la assim também. Dessa forma, você impede a idealização do amor pela mãe e deixa claro quais os papéis de pais e filhos. Cada um, cada um.

4- Tomar banho comigo vai fazer meu filho se interessar por sexo mais cedo?
Crianças não funcionam assim. Tomar banho com um adulto não desperta vontade nele de ter relações sexuais, mas aumenta a curiosidade em relação às transformações corporais de meninas e meninos. Aí é o momento de você explicar que algumas mudanças hormonais vão ocorrer no corpo dele para prepará-lo para a idade adulta. Vale usar até desenhos didáticos para isso. Além de uma conversa divertida, o diálogo vai aplacar o interesse dele.

5- Minha sobrinha, de 7 anos, está apaixonada pelo amiguinho de classe. E me perguntou que gosto tem um beijo! Devo me preocupar?
Calma. É muito comum ouvir crianças dessa idade dizendo que namoram, mas geralmente é apenas uma paixão platônica, sem atos concretos. Responda a verdade sobre o beijo, sem estender o assunto ou entrar em detalhes. Não valorize sentimentos e sensações aos quais ela não está preparada para ter. Isso pode estimular uma sexualidade precoce.

6- Com apenas 5 anos, minha filha tem vergonha de ficar só de calcinha na piscina ou em casa. Isso é sinal de que a sexualidade já aflorou?
Não é para tanto. Mas respeite os limites dela, sem impor sua vontade. A atitude da menina pode ser sinal de que em algum momento os pais demonstraram a ela que não era legal ficar de calcinha. Então, pense no que já falou para ela. Por outro lado, crianças repetem nossos comportamentos e não é comum ver adultos desfilando de calcinha por aí, não é?

7- Durante um capítulo da novela, a personagem disse que queria fazer um papai-e-mamãe. Minha filha me perguntou o que era isso…
É. Essas passadas na frente da televisão na hora da novela sempre causam rebuliço. Mas lembre-se de que, quando uma criança faz uma pergunta relacionada à sexualidade, precisamos tentar responder dentro do universo verbal dela, exatamente o que perguntou, sem ir além do necessário. Se é uma criança de 5 ou 6 anos, por exemplo, diga simplesmente que essa é uma maneira de namorar. Nessa idade, eles não têm conceitos específicos sobre sexualidade. Com uma criança mais velha, a resposta pode ser um pouco mais elaborada, revelando que se trata de uma forma de transar.

8- Quando troco as fraldas de minha filha, de 1 ano, ela gosta de mexer na vagina e às vezes coloca um brinquedo no meio das pernas. Por que ela faz isso?
É muito simples. Ela faz isso porque está descobrindo que a região pélvica traz sensações gostosas. E isso acontece sem maldade ou malícia. É o início da descoberta de seu corpo. Essa etapa é natural. A criança vê o toque genital como algo que traz sensações muito boas, assim como qualquer outra região do corpo. Para ela, daria no mesmo mexer na orelha ou no cotovelo, por exemplo.

9- Flagrei um garoto de 3 anos mostrando o pênis à minha filha. Fiquei estática!
Não é para menos! Ninguém imagina passar por isso na vida. É natural eles tentarem descobrir as diferenças corporais entre meninas e meninos. Mas crianças depois dos 5 anos merecem mais supervisão dos pais até para não se machucarem nessa exploração. O ato não é sinônimo de sexualidade precoce e, sim, de auto-conhecimento. Agora, se você não sabe lidar com isso, invente outra brincadeira para eles.

10- Sempre tomei banho com a minha filha. Agora, com 6 anos, começou a observar mais e brincar, dizendo que quer mamar no meu peito. Não sei como agir.
Ninguém disse que iria ser fácil ter filhos, não é? É normal nessa idade eles ficarem mais atentos e curiosos em relação às mudanças corporais. Não corra o risco de reprimir o seu filho, trate o assunto com naturalidade. Mostre seu corpo, deixe-a tocar e conte que quando crescer também será assim. Mas coloque um limite, ok? Explique que ela não é mais bebê e por isso não pode mamar no peito.

11- Tomei bronca da professora da minha filha, de 5 anos, porque ela levou uma camisinha que achou no meu quarto para a escola. E ficou brincando de bexiga!
Primeiro, trate de guardar as camisinhas em um lugar mais escondido. Assim você não gera uma curiosidade precoce. Nesse caso, parece que sua filha nem sabia a real finalidade do preservativo nem questionou sobre isso – quis apenas se divertir. Não se preocupe, nessa idade não existe malícia alguma. Mas vale checar se a escola tratou o assunto da mesma maneira como você trata.

12- Durante o banho, meu filho, de 6 anos, fica com o pênis ereto. Ele quer uma explicação.
Simples: diga a ele que isso acontece algumas vezes com os meninos e é natural. Só dê continuidade ao assunto se ele perguntar mais. A resposta deve ter o tamanho proporcional à curiosidade dele. Quanto a você, não se preocupe porque faz parte do autoconhecimento.

13- Minha filha perguntou por que fecho a porta do quarto à noite. O que respondo?
Que tal a verdade? Isso mesmo, que vocês vão ficar juntos, sozinhos. E que casais precisam de privacidade para namorar, matar a saudade. Da mesma forma quando ela vai para o quarto dela ouvir música ou fazer lição de casa e prefere ficar sozinha. Acostume sua filha com a idéia de que os pais também são gente, namoram, têm direito à privacidade, têm uma vida só deles.

14- No café-da-manhã, meu filho comentou que o primo mais velho transou com a namorada. Será que ele tem noção do que falou?
Nem sempre a criança sabe o significado do que fala. Às vezes, está apenas repetindo um termo que não entende. Se você nunca explicou o que é transar para o seu filho, pergunte se ele sabe o que é – mas esteja preparado para a resposta porque o garoto pode realmente saber a verdade e você tomar um susto. Escute, complete informações se for necessário ou, se notar que ele não sabe de nada, diga apenas que é um tipo de carinho feito quando se é adulto.

15- Não tenho a menor idéia de como chamar os órgãos genitais do meu filho!
Cuidado, a criatividade para denominar as partes íntimas é espantosa! Não invente muita moda. Se quiser dar algum apelido, dê. Mas fale, em seguida, os nomes científicos para
a criança saber que pênis é pênis e vagina é vagina, e não algo como periquitinha.

16- Às vezes, percebo que minha filha, de 9 anos, quer privacidade, vai para o quarto com amiguinhos e amiguinhas e acho que a brincadeira pode resultar em algo mais apimentado. É o caso de proibir?
A verdade – difícil de assimilar – é que esse tipo de brincadeira vai acontecer na escola, na sua casa ou mesmo na casa da amiga. A curiosidade existe e as crianças vão tentar descobrir o que podem. Por outro lado, ela também tem direito a um pouco de privacidade. Proibi-la de ficar sozinha com os amigos só vai causar mais confusão. Supervisione de longe, combinando, por exemplo, que a porta ficará entreaberta e você entrará lá de vez em quando. Se você oferecer atividades legais quando os amigos forem em casa, esses momentos nem vão existir.

17- Meu filho quer tomar banho com a amiguinha depois da piscina. Deixo?
Acredite: nada de nocivo pode acontecer entre eles. Se são da mesma idade, podem até matar curiosidades sobre o próprio corpo, sem malícia. Se quiser, fique por perto. Mas tudo tem de ser natural para você. Se acha que não consegue lidar com a situação, o melhor a fazer é não deixar que tomem banho juntos. Proíba se as idades forem muito diferentes.

18- Minha filha tem 8 anos e está super-interessada em tudo que envolve namoros. Como agir?
Fugir do assunto vai criar ainda mais expectativa na criança. Responda a tudo com a naturalidade que você conseguir, mas diga a todo momento que ela ainda é muito nova para namorar.

Consultores: Carolina Fernandes, psicóloga do Instituto Paulista de Sexualidade; Maria
Helena Vilela, educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan; Marcos Ribeiro, sexólogo.

REVISTA CRESCER

converse sempre sobre sexo quando ele tiver dúvidas

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


Thamires da Silva tinha 16 anos e cursava o 2º ano do Ensino Médio numa escola do Rio de Janeiro quando seu namoro terminou. O rapaz, colega de escola, fazia juras de amor logo no início do relacionamento. Mas, em menos de cinco meses, decidiu que não queria mais namorar. “Ele disse que não gostava mais de mim e que era melhor terminar do que me trair. Passei nove meses chorando”, conta Thamires. Nesse tempo, ela perdeu o apetite, se trancou no quarto e acabou tirando péssimas notas no colégio.

A mãe de Thamires estranhou a reação da filha. “Acho que ela desconfiou que eu não fosse mais virgem, mas não me perguntou nada.” Sua irmã mais velha, no entanto, quis conversar. “Ela quis saber se eu havia transado com ele. Confessei que sim. Mas minha mãe mesmo até hoje não sabe.”

Sexo é status entre os jovens
E se isso acontecesse com um filho seu? A pesquisa da Unesco “Juventude, juventudes: o que une e o que separa”, realizada em 2004 sob a coordenação da socióloga Miriam Abramovay, da Ritla (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana), revela que 80% dos jovens matriculados na rede de ensino já tiveram relações sexuais. Destes, 89% tiveram a primeira experiência sexual até a 4ª série do Ensino Fundamental. Outra pesquisa, feita pela psicanalista Kátia Geluda, do Rio de Janeiro, indicou que 63% dos jovens entrevistados preferiam conversar so¬bre sexo com os colegas, e 62% escolhiam o(a) namorado(a) para falar sobre o assunto. Apenas 25% costumavam conversar com a mãe. Já o pai foi apontado por 54% dos jovens como uma pessoa com quem nunca se conversa sobre sexo. “Ainda existe grande dificuldade entre pais e filhos de conversar sobre sexualidade. E este assunto é vasto, vai desde informações sobre o funcionamento do corpo e medidas preventivas contra doenças sexualmente transmissíveis até o prazer e o desejo que os adolescentes experimentam com suas descobertas”, afirma a Dra. Kátia. “E pesquisas comprovam que conversar sobre sexo com os filhos não os encoraja a iniciar a vida sexual mais cedo. Diferentemente disso, a troca de ideias favorece o esclarecimento e o diálogo”, acrescenta ela. Mas muitos pais acham que, se não pensarem sobre o assunto, o ato não vai acontecer. Mas acontece.

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), de 2007, 11,8% das jovens entre 15 e 19 anos já tiveram filhos. E a pesquisa “Gravidez na Adolescência – Estudo Multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil (Gravad)”, desenvolvida pelas universidades UERJ, UFBA e UFRGS, em 2002, revelou que 29% das mulheres e 21% dos homens disseram haver tido um episódio de gravidez antes dos 20 anos.

Quando os jovens decidem agir secretamente, eles perdem a chance de ter um canal de comunicação aberto com adultos que podem ajudá-los a tomar decisões ponderadas. Esse canal é especialmente importante quando o assunto é sexo, pois as consequências podem ser preocupantes, e o tema é quase onipresente na cultura popular. Se observarmos as bancas de jornais, veremos que a maior parte das publicações voltadas para adolescentes é focada em aparência, moda e namoro. “Existe uma pressão sobre os jovens em relação à sexualidade. Os adolescentes estão iniciando a vida sexual dois anos mais cedo do que há dez anos”, diz Adson França, diretor do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde, que desenvolve ações no sentido de reduzir a gravidez precoce no Brasil.

Para Rafael Heringer Carvalho, de 18 anos, que escreveu um artigo sobre sexo na adolescência em seu blog na Internet, muitos adolescentes são convencidos de que o sexo é mais glamoroso do que realmente é e muitos têm relações “só para se sentirem normais”. “Crescemos num mundo cheio de cenas de sexo em novelas, filmes, comerciais, e até em desenhos animados”, diz. “Além disso, os amigos que não são mais virgens ‘botam pi¬lha’, dizendo que sexo é a melhor coisa do mundo e mostrando os prazeres, mas se esquecendo das responsabilidades.”
Virgindade é coisa do passado?

Paulla Perin, 16 anos, que faz parte de uma comunidade no Orkut em defesa da virgindade, diz que muitos jovens são, de fato, pressionados pela sociedade, por amigos e pela mídia a iniciar a vida sexual. Divididos entre forças externas que os levam a fazer sexo e forças internas que os levam a querer esperar, muitos não sabem o que fazer. “Tem gente que se deixa levar pelo momento e acaba se arrependendo depois. Pensam que haviam encontrado a pessoa certa mas logo descobrem que não foi bem assim...”

Os adultos podem ter papel importante na hora de lidar com essas dúvidas. A pesquisa realizada pela Dra. Kátia descobriu que os jovens, ao indicar quem seria a fonte mais confiável em relação aos assuntos sexuais, escolhem a mãe em primeiro lugar, antes dos amigos e da mídia. “A maioria considera a mãe como fonte esclarecedora, mas prefere conversar sobre o assunto com colegas do mesmo sexo ou com o(a) namorado(a)”, explica a Dra. Kátia. Quando a mesma pergunta é feita aos pais, eles subestimam sua importância. Mesmo os que sabem ter esse po¬der às vezes ficam sem saber o que dizer quando seus bebês viram adolescentes emburrados. Muitos podem preparar mentalmente um discurso rápido para quando os filhos entrarem na puberdade, mas a base do comportamento sexual de um jovem é construída ao longo dos anos, e não em apenas uma conversa certa noite depois do jantar. “Hoje, vivemos num mundo erotizado. Os pais, então, precisam conversar e responder às perguntas dos filhos desde cedo. É uma conversa que deve começar ainda na infância e durar muito tempo”, diz a Dra. Kátia.

Veja o exemplo de Letícia Brandão, que acabou de concluir o 2º ano do Ensino Médio no Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro. Desde que completou 12 anos, sua mãe discute sexo abertamente com ela. “Logo que ela começou a conversar comigo, eu ficava sem graça. Não gostava muito de falar sobre o assunto, achava que era uma realidade muito distante ainda. Mas minha mãe sempre insistia.”

A mãe de Letícia, a advogada Denise Rocha Brandão, diz que não queria que a filha tivesse uma relação negativa ou de culpa com o sexo, mas que também não tratasse o assunto com irresponsabilidade. “Quando comecei a conversar com a Letícia, queria que ela soubesse dos perigos de se fazer sexo cedo demais, das consequências de um filho não planejado e das doenças que o sexo podia trazer”, lembra Denise. “Mas não queria ficar só na parte negativa; falei também sobre os prazeres do sexo, e que ela precisava ficar atenta para não ter uma relação sexual só para agradar a alguém ou ficar na moda. Era preciso ter envolvimento”, conta.

Até agora, parece que a conversa está funcionando. “Letícia hoje tem 17 anos, ainda é virgem e muito responsável. Ela diz que só pretende iniciar a vida sexual quando achar que está na hora certa e com a pessoa certa”, acrescenta Denise. “Tenho uma colega que teve filho aos 15 anos, e a vida dela mudou completamente. Ela perdeu a liberdade e não consegue fazer mais nada. É o tipo de experiência que eu não quero para mim”, comenta Letícia.

Os motivos que levam um adolescente a fazer sexo enquanto outro prefere esperar são tão diversos quanto suas personalidades, mas muitos dos que não são sexualmente ativos foram criados em lares onde as conversas sobre sexo são claras e tranquilas. Cristini Rodrigues Mendes Moraes, odontopediatra de Juiz de Fora (MG), decidiu muito cedo que iria falar sobre sexo abertamente em casa. Quando seu filho Bernardo tinha 10 anos, ela começou a tocar no assunto. “Quando ele passou a se interessar por festinhas, eu sempre falava sobre beijos e tudo o mais que ele precisava saber para decidir o que fazer. Tenho outros dois filhos, uma menina de 17 e o caçula, de 13. Nós três falamos sobre sexo em qualquer situação, seja vendo um filme ou uma novela, sempre com naturalidade”, conta ela. Cristini diz que assim foi fácil para os filhos perceberem que podem contar com ela. “Eles sabem que podem conversar comigo sobre qualquer coisa.”

Alguns adultos podem criar cabelos brancos quando pensam no assunto, mas os adolescentes de hoje, em geral, estão fazendo melhores escolhas do que os de dez anos atrás. Segundo Adson França, as campanhas do governo no rádio e na TV, o aumento da oferta gratuita de contraceptivos (o SUS adquiriu 1 bilhão e 100 milhões de preservativos destinados à população adolescente) e o desenvolvimento de ações em educação sexual nas escolas têm contribuído para a conscientização dos jovens.

Para completar, os adolescentes de hoje compensam pela primeira geração nascida e criada sob o fantasma da Aids. E a gravidez precoce também se tornou menos socialmente aceitável em muitos círculos. Além disso, especialistas afirmam que uma maior quantidade de informação leva, sim, a melhores escolhas. E quem não está fazendo sexo anda admitindo isso com mais facilidade. Karina Faria, de 16 anos, de São João de Meriti (RJ), não tem qualquer pudor em dizer aos colegas que é virgem e que pretende continuar assim até o casamento. Ela diz que não vê reações negativas por parte de seus colegas quando defende a virgindade. “Como hoje é difícil encontrar garotas como eu, muita gente me apoia, diz que estou certa e que tenho uma cabeça muito boa para minha idade.”

Karina se preocupa com os amigos e amigas que apostam todas as fichas em romances baseados em sexo. “Muitas meninas da minha idade começam a fazer sexo para seguir a modinha, conheço até algumas que já tiveram filho”, conta ela. Mas a jovem minimiza o poder da mídia de influenciar a decisão de quem quer iniciar a vida sexual. “É claro que a TV mostra mui¬ta coisa, fala muito sobre sexo, mas acho que cada um tem a sua cabeça e só vai se deixar influenciar se já estiver com vontade. Aí, sim, a TV é um grande incentivo.”

Precisamos discutir a relação...
Para motivar o comportamento responsável em relação ao sexo, é importante que os pais se envolvam de verdade. É normal que as crianças rejeitem a família quando começam a crescer, mas o jovem Rafael Heringer, por exemplo, acredita que os pais deveriam conversar com os filhos de uma forma bem descontraída, não escolhendo hora nem lugar, mas aproveitando um momento em que o assunto venha à tona. “Um discurso do tipo ‘Vamos conversar, filho’ acaba deixando o jovem um pouco nervoso e a conversa pode se tornar entediante”, explica ele. “No fundo, parece que os pais só querem saber se os filhos já tiveram ou estão tendo relações. Se esse assunto surgisse num bate-papo descontraído, certamente o jovem teria maior liberdade para falar a verdade”, aconselha Rafael.

No fim das contas, não importa o quan¬to os adolescentes revirem os olhos ou pareçam constrangidos: eles ficam aliviados em saber que existe alguém que saberá encontrá-los mesmo quando se sentem perdidos


4 regras simples para os pais falarem de sexo com seus filhos:

Siga estas dicas quando for discutir sexo com seus filhos:
* Não entre em pânico. Se o assunto vier à tona, pense no que gostaria de ter discutido com seus pais quando tinha a idade de seus filhos
* Não repreenda. É melhor perguntar e sondar. Não invada a privacidade de seu filho. Acompanhe-o em suas questões.
* Não pense que uma conversa só resolve. Mantenha o canal de comunicação aberto.
* Explique suas opiniões e valores morais. Os jovens precisam saber no que seus pais acreditam.
* Preste atenção no que seu filho vê e lê. Sua influência importa, mas é bom saber quais outras existem na vida dele. Acompanhe a vida de seu filho.

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3 de 5 Comentários

Cristiane Franco Nunes em 21 September 2010 ,08:49

Eu procurei me informar sobre esse assunto, pq tenho uma filha de 15 anos e me disse que gostava de um menino de 16 anos, entrei em choqu, pq ela não é de baladas . O rapaz veio pedir ela em namoro em casa pra mim e meu marido e achamos melhor esperar, pq preciso "abrir" um pouco mais a cabeça dela. Qd era adolescente não tinha dialogo sobre sexo com meus pais e então isso me pegou desprevinida. Gostei muito do artigo e com certeza vou acessar mais vezes!!! Obrigada!

evelyn oliveira santos em 20 September 2010 ,13:04

eu queria saber se transarmos vai me deixar gorda?

Patrícia em 30 August 2010 ,16:20

Acredito que a base de tudo é o diálogo.Tive um filho aos 16 anos e procuro conevrsar com ele sobre tudo de maneira respeitosa e esclarecedora,para que evitar que aconteça o mesmo com ele.

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