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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

geração filhos cangurú
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Geração canguruEles resolveram poupar gastos. Investir na carreira e nos cursos. Poderiam até morar sozinhos, mas preferem continuar na casa dos pais.[Image]Dalila Silva (foto), 35 anos, é servidora pública e advogada. Uma mulher que caminha com as próprias pernas. Mesmo assim, até hoje mora com os pais. “Na verdade, sempre pensei em sair, em deixar os meus pais, quando me casasse”, confessa.Enquanto o príncipe encantando não vem... “Eu encontro o café pronto, o almoço pronto. Na hora que eu chego está tudo pronto. Roupa lavada, passada. Você goza dessa estrutura toda. E ainda tem o carinho, o afeto de pai, mãe, irmão, meu sobrinho”, conta a advogada.“A presença dela aqui até hoje não me incomoda. Só de vez em quando, por conta do som alto”, admite o advogado Valdir Silva, pai de Dalila.Mas quando a filha passa um tempo fora... “Eles me ligam chorando: ‘A casa está muito quieta, volta, volta. Não tem barulho. Cadê o som? Não é, pai?’”, ressalta.Dalila é um típico exemplar da geração canguru: filhos que têm empregos e até poderiam morar sozinhos, mas preferem viver com os pais. Como os filhotes do canguru, não largam a bolsa.Porto seguroQuando o marido morreu, a professora Idália Parente não ficou sozinha. A filha Janaína mora ao lado, mas vive na casa da família. Bárbara se separou e voltou para o ninho. E Felipe, aos 35 anos, continua na casa da mãe.Ao morar com a mãe ele economiza R$ 1.500 por mês. “Eu não gosto de guardar, não. Eu invisto em noites e mais noites (risos). Eu gasto esse dinheiro comigo, com a minha mãe, com a gente, com viagens”, conta o jornalista Felipe Parente.Que mordomia!Esta reportagem foi motivada por um e-mail enviado pela assistente administrativo Shirleide Ribeiro, de Planaltina. Aos 28 anos ela vive com a mãe, ou seja, é mais uma representante da geração canguru. A mãe, Maria Eunice, 53 anos, cuida de tudo. Da limpeza da casa à comida.Mas Shirleide diz que quer perder toda essa mordomia. Só não sabe como. “Não tenho coragem de sair e deixá-la sozinha. Vontade de morar sozinha eu sempre tive. Até mesmo para ver como seria a experiência”, confessa.“Eu queria. Pra ela morar, pra ela ter um pouquinho de responsabilidade, já que sou eu que lavo, passo e cozinho. Então, eu queria ver até onde chegaria a responsabilidade dela”, diz a aposentada Maria Eunice Vasconcelos.“Vai ser difícil, muito difícil. Ela mima muito a gente”, conta Shirleide. “Eu teria que morar perto de um cursinho, onde tivesse acesso à biblioteca para continuar estudando. Quero passar em um concurso e, quando estiver bem estabilizada financeiramente, voltar para a casa da minha mãe. Morar com a mãe é ótimo. Quero morar sozinha para ter essa experiência”, acrescenta.“Eu acho que seria bom para as duas, para os dois lados”, opina dona Maria Eunice.Dalila, Felipe e Shirleide têm motivos diferentes para viver com os pais. Mas, dentro de casa, têm hábitos parecidos. Tarefas domésticas? Só de vez em quando. Eles pagam as próprias contas, sim. Agora, ajudar nas despesas da casa...“Uma vez ou outra eu faço um gracinha de comprar alguma coisa pra casa”, diz Dalila. “No final de semana eu faço uma compra, pago a passadeira. Tem mês que eu não ajudo em nada. Mas eu estou em casa, né?”, brinca Felipe.Cangurus: um fenômeno socialNo Brasil, mais de oito milhões de jovens, entre 25 e 40 anos, moram com os pais. No Distrito Federal, de acordo com dados do IBGE, são mais de 98 mil.Os cangurus são um fenômeno social típico desta geração. Para falar mais sobre o assunto o Bom Dia DF convidou a psicóloga e psicanalista Margarete Leivas. A entrevista completa com a especialista em comportamento você confere assistindo aovídeo. Acompanhe!Manual do canguruAbaixo, dicas para evitar desgastes no relacionamento prolongado entre pais e filhos.Recomendações aos filhos:
:: Ficar na casa dos pais por tanto tempo traz uma série de perdas: maturidade e experiências para a vida. Então, é bom se arriscar no próprio espaço, por ser um desafio. Com ele você ganha autonomia e experiências diversas, o que é melhor do que continuar em casa apenas para economizar no salário.:: Se realmente for continuar em casa, ajude nas despesas gerais.:: Às vezes, os próprios pais fazem questão que o filho continue em casa. Mas se há algum tipo de incômodo, a melhor solução é sempre o diálogo.:: Se você já saiu de casa para morar só ou mesmo para se casar e não deu certo, o apoio da família é praticamente garantido. Porém, não vá relaxar e ficar dependente do auxílio dos pais.Recomendações aos pais:
:: Cuidado ao prolongar a adolescência dos filhos, os chamados "adultoscentes". O excesso de mimos pode prejudicar o alcance da independência. Assim, se ele já concluiu os estudos e tem como se manter financeiramente, pode ser a hora de pedir para ele se mudar.:: Cortar o cordão umbilical é uma saída para certificar aos filhos que eles estão prontos e que acreditam neles como sujeitos capazes.:: Pedir que o filho ajude financeiramente em casa é um processo de educação e conscientização. Desde cedo é importante dar responsabilidades e colocar limites. Já pequenininho, determine que ele só pode dormir na cama com os pais até certa idade, estabeleça horários para assistir televisão, etc.:: Se você acha que já passa da hora do canguru sair de casa, converse com ele, com jeitinho. Não tenha vergonha de falar algo, achando que o filho não vai querer ouvir.:: É importante mostrar ao filho que ele terá suporte sempre que necessário, como quando morar fora não dá certo, ou o casamento acaba. Mas é bom ter cuidado para não abrir muito as portas. Deixe o filho aprender as próprias lições.Fonte: Margarete Leivas - psicóloga e psicanalistaMais reportagens desta série» A difícil tarefa de dosar a liberdade» Gravidez na adolescência» Ciúme em tempos virtuais» Síndrome do ninho vazio» A superamigaVer todas as reportagens desta série »Ver todas as séries do DFTV »
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