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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

como dizer não ao adolescente


Há alguns meses, um amigo contou-me uma história que me abriu os olhos acerca da adolescência.
O meu filho Juan Francisco, de 16 anos, era para mim causa de angústias e dúvidas. Sempre pensei que o tinha educado mal. Mas, depois da história do meu amigo, acabaram-se as dúvidas.
Queria hoje compartilhar contigo esse relato.

Imagina que a vida é um pequeno caminho. Todos seguimos por ele desde que nascemos. Os nossos pais levam-nos nos braços durante os primeiros meses da vida. Aí vamos nós, nos braços do pai e da mãe. São eles que nos levam. Quando fazemos um ano, os nossos pés já estão pousados no chão. Damos os nossos primeiros passos. Por fim, caminhamos pelo nosso próprio pé por este caminho da nossa própria vida. E continuamos a avançar. Chegam os três anos. Já corremos um pouco, sempre com os nossos pais ao lado.

Tempos depois, naqueles anos maravilhosos em que tínhamos 8, 9 e 10 anos, quando éramos esses miúdos inquietos mas transparentes, corríamos mais alegremente. Os nossos pais observavam-nos, confiados e tranquilos. Percorríamos o caminho da vida despreocupadamente.

De repente, sem mais nem menos, esse caminho da vida pelo qual seguíamos tão despreocupadamente desaparece. Ao dar um passo, caímos numa torrente de água que nos arrasta com violência. Quase sem darmos conta, já estamos dentro da água, tentando respirar e nadar.

Qual é a reacção de um pai numa situação assim? Supondo que tivesse uma corda à mão, o mais provável é que a lançasse, com a esperança de que o filho a consiga segurar, para que depois o conseguisse puxar para a margem. Mas acontece que, quando o rapaz recebe a corda e sente que o pai o puxa para a margem, solta-a! Não a quer!!… O pai angustia-se e fica desesperado. Que se passa? Por quê esta reacção do filho?

No caminho da vida caminha-se sempre para a frente. Se um pai puxar o filho para trás, este reagirá soltando a corda. Tem de continuar para a frente!

Nós, os pais, ficamos angustiados quando chega a adolescência. Esquecemo-nos de que a vida é para a frente. Queremos que este filho seja como era uns meses antes. Mas NÃO! A adolescência é uma etapa mais na vida.
Vai para o outro lado do rio. Anima o teu filho a aprender a nadar. Estimula-o para que continue nadando. Dá-lhe confiança em si mesmo. Espera com paciência. Apoia-o. Por acaso não passaste também pela adolescência?

Depois de uns anos de paciência, de respeito, de confiança, de carinho e apoio, aquela criança que caiu à água sairá do rio transformada em adulto. Não desesperes.

(Francisco Cardona Lira – Catholic Net)

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